Entrevista - Presidente do XIV CBQ fala sobre o evento que reúne especialistas em queimaduras

- 19/09/2024

Já está dando para sentir o cheirinho de pão de queijo, não está? É que está chegando o XIV Congresso Brasileiro de Queimaduras, que ocorre em Belo Horizonte (MG) nos próximos dias 26 e 27 de setembro, trazendo aos participantes não só muito conteúdo importante para quem atua ou quer atuar nessa área, mas também um pouco da cultura mineira. 

“Em Belo Horizonte nós estamos pensando em coisas que sejam atrações bem à mineira. Terão algumas coisas que vão fazer vibrar em todos um pouquinho da nossa mineiridade”, adianta a vice-presidente da SBQ, Kelly de Araujo, que é presidente dessa edição do CBQ, sem dar spoiler das atrações que estão sendo preparadas e que irão surpreender positivamente os participantes. 

Confira entrevista com a médica, que fala um pouquinho sobre o que se pode esperar deste evento. 

 

1.    Como foi pensada a programação do Congresso deste ano?

Minas Gerais está despontando com o primeiro estado do Brasil que está projetando uma linha de cuidado do queimado nas suas leis. E mais do que isso, tem amplificado a sua rede de atendimento de uma forma hierarquizada. Isso ainda não foi desenvolvido em nenhum estado. E aí a gente vai pensar em capacitação, né? E esse congresso tem muito a ver com isso. Então, ele está aí para discutir as leis de queimadura, como anda isso no Brasil, e como você vai começar o atendimento dentro da linha de cuidado que começa em prevenção e depois vem todas as suas fases do paciente ali até a reabilitação. 

 

2.    Quantas pessoas são esperadas para este evento?

Nós estamos esperando cerca de 500 pessoas. É um evento multidisciplinar, isso é grandioso. O conhecimento que você adquire é sempre muito além do que a gente pode esperar, porque eu vou receber ensinamentos para minha área, mas também vou receber para as áreas afins e que vão interferir no meu dia a dia dentro do CTQ. Em cada uma dessas especialidades ele engrandece muito o meu saber e o cuidar. 


Sendo a senhora de MG e estando participando de todo esse processo de construção da linha de cuidados no Estado, como percebe a realização do congresso em BH e com essa temática? Como isso vai ajudar a consolidar esse processo?

É uma honra muito grande.  Participei esde o comecinho dessa linha de cuidado, desde o momento em que vimos que os problemas da nossa unidade, o Hospital João XXIII, eram um espelho dos problemas no estado em relação ao tratamento queimado. Quando nós fomos ali, dissecando cada um desses problemas, nós vimos uma falha na estruturação. Nós sabemos que essa falha não é só no estado de Minas Gerais. 

A partir do momento que a gente consegue trazer esses novos Centros de Tratamento de Queimados para o Congresso da SBQ, introduzi-los a essa fonte de conhecimento, para eles sentirem o que é esse tratamento interdisciplinar, é muito importante. Esse evento vem para fechar com chave de ouro essa entrada deles na história do tratamento queimado. 

 

4.    Qual a importância, para profissionais que atuam ou pretendem atuar com queimaduras, em participar deste congresso?

Atualização e ter um local para networking. Essa troca de experiências é extremamente importante. Você ver como andam os outros serviços, como eles têm tratado, o que a literatura está trazendo no tratamento queimado, isso te dá mais segurança, até mesmo para fazer as análises dentro do seu serviço, do que precisa melhorar, para instituir novas atitudes baseadas nas evidências. 

O tratamento de queimados é sempre um crescente. Conhecimento, tecnologia, incorporação de novas tecnologias, monitorização de tudo isso, para ter diagnósticos corretos da gestão e do cuidado. 

 

5.    Estudantes também pode participar, certo? Haverá programação especial para eles?

É estimulada a participação dos estudantes. Tema livre é o espaço onde esses futuros profissionais vão poder demonstrar suas produções e ter mais proximidade com os avaliadores e a comissão.  O que a gente espera é estar formando uma nova geração de profissionais para atuar em nosso CTQs. Os estudantes têm muito interesse, eles querem muito compreender o que é um tratamento de queimado. Nós precisamos tê-los já conosco. Já pegar esse amor pelo cuidado do queimado, desde lá de trás, lá da faculdade, para que eles já possam direcionar o que eles querem. Já tem esse direcionamento dentro do cuidado do queimado desde a faculdade. 

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