- 25/10/2024
Profissional é fundamental nas equipes que atendem vítimas de queimaduras
Você sabe o que faz um terapeuta ocupacional? Para algumas pessoas, o termo é completamente novo. Para outras, até soa familiar. Mas entender na prática o que esses profissionais fazem pode não ser tão fácil. A profissão é relativamente nova. No Brasil, teve início em 1957, com os primeiros cursos tendo ênfase na área física voltada para reabilitação.
O terapeuta ocupacional é o profissional que atua na prevenção e no tratamento de indivíduos com alterações funcionais, cognitivas, perceptivas e psicomotoras, através da utilização da atividade humana, promovendo o desempenho ocupacional durante a hospitalização, realizando atendimento com o paciente internado para intervenção o mais precoce possível, a fim de prevenir deformidades, disfunções e agravos físicos e/ou cognitivos.
“Os terapeutas ocupacionais são os profissionais capacitados para realizar o treino das atividades de vida diária, confeccionar e praticar o uso de dispositivos auxiliares (como órteses e adaptações de utensílios), favorecendo maior autonomia e independência ao paciente, promovendo, assim, melhor qualidade de vida”, descreve o terapeuta ocupacional Fabio de Oliveira Fonseca, referência em TO no Centro de Tratamento de Queimaduras do Hospital Geral do Estado, em Salvador (BA).
Ele complementa que, além dos atendimentos individuais, estes profissionais atendem em grupo, coordenam o espaço da brinquedoteca hospitalar (para as crianças internadas), promovendo a socialização, e realizam atendimentos e orientações aos familiares/cuidadores.
Ainda não há formação específica para terapeutas ocupacionais que queiram atuar com vítimas de queimaduras. “Mas, se faz necessário conhecer a fisiologia da pele humana, suas camadas e formação anatômica, a fisiopatologia das queimaduras, o tratamento clínico e cirúrgico (enxertia de pele), os recursos para controle do processo cicatricial para a prevenção de deformidades, bem como considerar possíveis complicações do quadro além dos aspectos psíquicos e emocionais do paciente queimado”, enumera Fabio de Oliveira.
Algumas características pessoais também são importantes, como comprometimento, escuta qualificada e acolhedora, flexibilidade, empatia e um cuidado humanizado, além de capacitações continuadas sobre queimaduras e práticas da Terapia Ocupacional nesta área. “É relevante também participar de discussões dos casos clínicos com a equipe multidisciplinar para que possamos somar diversas expertises em busca do melhor resultado para nosso paciente”, destaca o terapeuta ocupacional do HGE.
Comitê – Atualmente, a SBQ conta com um Comitê de Terapia Ocupacional, formado por cinco profissionais da área, tendo Nilmar Bandeira como representante da comissão científica.
De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), o Brasil conta com cerca de 17,5 mil terapeutas ocupacionais. No dia 27 de outubro, comemora-se o Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional. Nacionalmente, a data é 13 de outubro, juntamente com o Dia do Fisioterapeuta.