- 22/10/2025
Luana não vai poder pilotar a motocicleta que tanto esperou ganhar quando fizesse 18 anos. Ela também não consegue mais manter hábitos antigos que ela amava, como pintar as próprias unhas e amarrar o cabelo sozinha. Tudo isso porque em 4 de fevereiro de 2024 ela encostou em um fio de alta tensão desencapado na Supervia, no Rio de Janeiro.
“Eu estava na passarela e meu amigo segurava o corrimão. Eu fui abraça-lo e acabei encostando no fio. Segundo relatos de testemunhas, eu fiquei desacordada e passava um casal desconhecido e a mulher era técnica de enfermagem e fez os primeiros socorros. Eu recuperei a consciência na quarta massagem cardíaca, soltando fumaça pelos olhos, boca e nariz”, relembra.
Em seguida, foi de ambulância para o Hospital Dom Pedro II e, no dia seguinte, transferida para o Hospital do Andaraí, onde ficou internada. Foram várias cirurgias, entre elas, a amputação de um dos braços. “O tratamento também incluiu enxerto de pela nas áreas queimadas, costas e barriga”, detalha.
No início, Luana fez acompanhamento psicológico, mas logo desistiu de seguir porque, segundo ela, já recebia muita atenção, carinho e apoio dos enfermeiros que estavam cuidando dela. “Eles me faziam sorrir e sempre me faziam visitas”, fala, com carinho.
Como ainda estudava, Luana terminou o ensino médio de dentro do hospital. “Fazias as provas e enviavam para a escola”, complementa.
Apesar da chateação de ter de ficar respondendo à curiosidade das pessoas que querem, a todo tempo, saber o que houve com o braço dela, Luana consegue seguir a vida com um sorriso e a alegria da juventude.