- 09/04/2020
A Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) tem usado desde de 26/03 uma importante ferramenta para discutir fluxos, protocolos, buscando esboço de diretrizes clínicas no enfrentamento da pandemia de coronavírus junto aos demais centros de tratamento de queimados (CTQs) do Brasil.
Por meio da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) - uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, criada em 2006, coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) com os ministérios da Educação e da Saúde - semanalmente, profissionais de todo o país se reúnem para tratar o tema com discussões transversais e urgentes, buscando assuntos que sirvam de aplicação no dia a dia dos CTQS.
Os encontros acontecem, virtualmente, dentro do grupo SIG-Queimaduras, coordenado pelo médico Flavio Nadruz Novaes, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras e chefe do CTQ de Campinas, junto com a SBQ. O grupo tem se ampliado por plataforma web, com maior alcance junto aos profissionais dos centros de tratamento de queimadura de todo o país.
“Ainda em fase de ampliação e acomodação da nova ferramenta em capacitação avançada e voltada para profissionais dos centros especializados, a SBQ aposta no crescimento dessa nova metodologia de treinamento e desenvolvimento de conteúdo técnico”, espera o presidente da SBQ, José Adorno.
O primeiro encontro aconteceu há duas semanas. O cirurgião plástico de Goiás, Fabiano Arruda Calixto, chefe da Unidade de Queimados do Hugol, em Goiânia , propôs estratégias de classificação e condutas de fluxo no atendimento do paciente queimado no período da pandemia.
A reunião seguinte ouviu a médica Gisele Sampaio Fernandes, da Universidade de Brasília, que falou sobre o uso de equipamentos de proteção individual em tempos de coronavírus.
A próxima reunião está marcada para esta quinta-feira (9), quando o médico Cesar Vanderlei Carmona, do Hospital das Clínicas, Unicamp (SP), irá abordar via aérea e ventilação no paciente com Covid 19.
“A SBQ seguirá buscando assuntos de grande relevância para todas as áreas da equipe multiprofissional dos CTQ’s. É um grande passo em comunicação efetiva na área de parametrização de protocolos com nivelação de conhecimento”, finaliza Adorno.