YD Comunicação - 17/03/2022
Documento vai tratar sobre a mortalidade e suas causas
Uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) e o Ministério da Saúde vai gerar o primeiro boletim epidemiológico sobre queimaduras. A publicação técnico-cientifica vai tratar sobre a mortalidade por queimaduras e suas principais causas. O documento será lançado este ano, mas ainda não tem data definida.
Para o presidente da SBQ, José Adorno, existe um ineditismo na construção de um boletim sobre queimaduras. “O Ministério da Saúde publica boletins epidemiológicos de várias patologias. A SBQ requerer que faça um boletim epidemiológico é dar mais conhecimento para a comunidade científica e para a sociedade sobre as características epidemiológicas das queimaduras no nosso país”.
O coordenador de pesquisa e comunicação científica da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), Sérgio Fernandes, conta que não existem muitas informações em bases oficiais de dados em saúde para se obter detalhes sobre queimaduras no Brasil.
“O momento atual só permite estimar como indicador principal a mortalidade por queimaduras - estratificado por grupos de causas, por município e por unidade da federação. O ideal seria que fosse possível estimar a incidência de queimaduras e sequelas, tempo médio de afastamento de trabalho etc. Para longo prazo, a SBQ vem estudando a possibilidade de registro qualificado da incidência de queimaduras. Quando isso for possível, novos indicadores poderão ser acrescentados ao boletim”, conta o coordenador.
A periodicidade proposta para as publicações é anual. A frequência foi calculada para permitir estender o indicador para cidades e municípios de tamanho médio.
Publicações – Segundo o Ministério da Saúde, os boletins epidemiológicos são publicações técnico-cientificas da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) sobre doenças especificas de interesse em saúde pública, com periodicidade mensal, semanal ou anual.
No boletim são publicadas descrições de monitoramento de eventos e doenças com potencial para desencadear emergência de saúde pública; análises da situação epidemiológica de doenças e agravos; relatos de investigação de surtos e outros temas de interesse para o Brasil.
Até 2 de abril, qualquer pessoa pode contribuir com sugestão, crítica ou opinião
