- 26/01/2018
Pesquisa que utiliza pele de tilápia no tratamento de queimaduras encerrou recentemente a Fase Clínica 3 e, agora, se inicia o estudo multicêntrico em outros Estados. Além disso, outras especialidades médicas também testam a nova técnica. O Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), presidido pelo cirurgião plástico Edmar Maciel, um dos grandes responsáveis pela viabilidade da pesquisa, publicou um vídeo em que revela os detalhes e fases do estudo, entrevistando pesquisadores e contextualizando o tratamento de queimados no Brasil.
A partir da Fase Clínica 3 da pesquisa, que iniciou em abril de 2017, foi possível registrar a pele de tilápia na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o Estado de Goiás inicia um estudo multicêntrico em três hospitais. Esse projeto envolve 60 pacientes ambulatoriais, adultos e com queimadura de segundo grau superficial.
A pesquisa
Em 2011, o cirurgião plástico pernambucano, Marcelo Borges, ao ver uma reportagem sobre a pele da tilápia ser subproduto de descarte e ter apenas 1% de uso em artesanato local, teve a ideia utilizá-la tratamento de queimaduras. No entanto, só em 2014 o médico conseguiu viabilizar a pesquisa por meio da parceria com o presidente do IAQ. Desde então, com o sucesso do método, o Brasil tornou-se o primeiro país a utilizar a pele do animal aquático para tratar pacientes que sofrem queimaduras.
Confira mais informações sobre a pesquisa no vídeo produzido pelo IAQ: