- 25/05/2017
A medicina facilmente pode ser comparada a uma vocação pois exige completa entrega na prática do ofício. Há 56 anos, o cirurgião plástico Paulo Toyosi Nishimura se dedica ao exercício da profissão e prevenção de acidentes envolvendo queimaduras. Suas benfeitorias transcendem a qualidade de vida daqueles que passaram pelo seu consultório e sala de cirurgia e alcançam a sociedade. Por isso, será homenageado pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) durante a X Jornada Brasileira de Queimaduras (JBQ), realizada de 1° a 3 de junho de 2017.
Motivado a seguir carreira médica pelas experiências da infância e adolescência vivenciadas no interior, o médico ingressou no curso de medicina na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e lá encontrou outro encantamento, a cirurgia plástica. Influenciado a concluir residência em cirurgia plástica, Dr. Nishimura realizou o desiderato de se tornar um profissional de medicina com especialização diferenciada.
Durante o exercício da profissão, o médico se deparou com contrastes nos atendimentos a pacientes, e essa questão, segundo ele, destaca-se enquanto dificuldades encontradas no caminho. Todavia, a ânsia pela educação continuada e prevenção de queimaduras resistiram aos percalços.
Com coparticipação na elaboração da cartilha Turma da Mônica – Prevenindo Queimaduras, elaborado pelo serviço de queimados do Hospital João XXIII de Belo Horizonte, Instituto Pró-Queimados de São Paulo, Maurício de Souza Produções e a Clínica de Cirurgia Plástica Reconstrutora (Clincer), Dr. Nishimura revela a meta de 10 milhões de publicações e o desejo de integrar a política de prevenção na prática curricular das escolas.
O médico faz parte de um grupo de profissionais que busca integrar práticas preventivas no currículo escolar. “Existem cidadãos e médicos empenhados para que no ensino fundamental escolar seja anexada uma matéria que verse sobre prevenção de acidentes”, comenta. A continuidade da divulgação da medicina preventiva é o que norteia as ações vigentes e futuras do médico.
Apesar de mais de meio século na prática médica, Dr. Nishimura confessa que se sente impossibilitado de deixar a profissão devido a necessidade contínua por evolução científica. “Estamos pendentes de carências das evoluções dos procedimentos mais atualizados e nas divulgações das prevenções do acidente de queimadura. Faltam, inclusive, informações de como proceder”, lamenta.
Tal desinformação culmina na carência de centros especializados no atendimento à vítima de queimadura. “As melhorias pendentes se baseiam na urgência de mais centros de informações educacionais para prevenção e orientações constantes para tratamentos que minimizem sequelas”. Conforme aponta o cirurgião plástico, grandes centros no País desempenham bons trabalhos em virtude das evoluções e atualização dos procedimentos.
A X JBQ proporcionará confraternização da especialidade e divulgação de avanços e aprimoramentos para pré e pós tratamentos das vítimas de queimadura. Ao ensejo do evento, o médico agradece a homenagem. “Ser lembrado pela categoria médica e ser reconhecido no esforço diário da dedicação de uma profissão que tem a ética, moral e os ensinamentos indistinguíveis como meta de trabalhado é uma grande honra”, celebra.