- 08/03/2023
A Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) e a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) firmaram convênio de cooperação para alinhar dados e estratégias para provocar entidades e órgãos competentes, além de criar campanhas de prevenção voltadas para o cuidado de acidentes com origem elétrica que causam queimaduras e óbitos.
De acordo com o diretor de Relações Institucionais da SBQ, José Adorno, a cooperação possibilita que as entidades procurem a indústria, Aneel, governo, entre outros órgãos e entidades que possam trabalhar em legislação e melhores condições para evitar esse tipo de acidente. “Temos nos dedicado, nos últimos anos, a entender melhor sobre os acidentes e mortalidade das queimaduras, principalmente por causa elétrica no Brasil. Nos últimos anos, uma pesquisa, que está a caminho de publicação, mostrou que 50% dos óbitos no Brasil por queimadura é por acidente com eletricidade. Encontramos na Abracopel um levantamento sobre a causa desses acidentes, o que não se encontra no DataSus. Isso, associado ao dado de mortalidade, dá uma densidade de dados grande e possibilita traçar estratégias de campanhas de prevenção adequadas”, ressalta.
O diretor-executivo da Abracopel, Edson Martinho, escreveu um artigo com base no Boletim Epidemiológico volume 53, nº47, elaborado pelo Ministério da Saúde, com colaboração da SBQ, publicado em dezembro de 2022, que faz um recorte sobre óbitos que ocorreram por queimaduras elétricas. “O número é alarmante, pois se dividirmos os 9117 óbitos por seis anos, teremos a média anual de 1529 pessoas que são vítimas fatais com queimaduras envolvendo choque elétrico e/ou arco elétrico”, destacou.
Desta forma, a ideia é juntar as forças das duas entidades e gerar ações para tentar minimizar os acidentes com queimaduras com origem elétrica. “O importante é que ambos apontam direções que devem ser seguidas para que estes acidentes sejam minimizados. “A Abracopel trabalha diariamente, há 18 anos, para minimizar estes acidentes, levando informações de qualidade. Conscientizando, desde a base, por meio de concurso de redação, desenho e vídeo, até a participação em seminários internacionais, palestras e vídeos educativos para a população, encontros e debates com profissionais do setor, confecção de documentos consultados pelas mais diversas esferas do poder público e empresas, mas sabemos, ainda há muito o que fazer”, observa Edson Martinho.