YD Comunicação - 08/01/2021
O cirurgião plástico Ricardo Alves Marujo trata pacientes queimados há 40 anos e sempre teve interesse na área de queimaduras. O médico é sócio fundador da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) e acha importante a força da entidade no setor.
Marujo ressalta que o queimado é um paciente especial e o objetivo é dar qualidade de vida a ele. “No tratamento da queimadura sofre todo mundo: o paciente, o médico, a enfermagem, a família. Qualidade de vida que eu digo é conviver com as sequelas, tentar minimizar as sequelas através de cirurgias plásticas reparadoras, tentar introduzir esse paciente no meio social, no trabalho, na escola”, conta.
Para o cirurgião, o desafio é devolver a autoestima para o paciente. “Essa reintrodução é muito difícil. Existe todo aquele estigma de que o paciente queimado é um doente patológico. E não é. É um ser humano vivo, com a cabeça plena, com o corpo pleno, mas com marcas e sequelas”, destaca.
Ele conta que saber tratar uma queimadura é um diferencial na formação de cirurgia plástica. “Você tem um pouquinho mais de conhecimento do que os outros colegas que não tiveram essa oportunidade, essa dádiva de poder atender pacientes queimados”, comenta.
Carreira Profissional – Marujo formou-se na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e lembra que no ano em que começou a clinicar foi inaugurado um Centro de Queimados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).
Ricardo Marujo também fez residência médica e ocupou o cargo de chefia do setor de queimados do Hospital de Defeitos da Face por cinco anos. Em 1987, foi a Boston e atuo como fellow no Shriners Hospitals for Children, por seis meses.
Atualmente, o médico tem uma clínica de cirurgia plástica em São Paulo. Ele também é um dos responsáveis pela cirurgia plástica do Hospital Israelita Albert Einstein e conta que atende pacientes queimados no local. Ele também atua no Hospital Sírio-Libanês.