YD Comunicação - 16/04/2021
Sócia fundadora da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), a cirurgiã plástica Marília de Pádua Dornelas Corrêa atua na área há 32 anos, desde quando foi fazer residência em cirurgia geral, no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora.
“As amizades me levaram à SBQ. Fiz grandes amigos, onde todos se preocupam, realmente, em sempre trocar conhecimentos para, cada vez mais, tornar a vida de pacientes queimados menos dolorosa e estigmatizante”, diz a médica, que atualmente trabalha com sequelas de queimaduras e pacientes com pequenos queimados.
Depois de três anos de residência em cirurgia plástica no Hospital Barata Ribeiro, Marília retornou para Juiz de Fora, em 1988, quando assumiu o tratamento de queimados na Santa Casa e, em seguida, tornou-se professora da Faculdade de Medicina da UFJF.
“Desde então, sempre tratamos estes pacientes em Hospital Geral que atende queimados e, infelizmente, me aposentei do serviço público sem conseguirmos ter um CTQ em Juiz de Fora - projeto este que estava em construção, mas as obras paralisaram no Novo HU_UFJF”, lamenta a cirurgiã.
Por 17 anos ela chefiou o Serviço de Cirurgia Plástica do HU-UFJF. “Sempre atendemos queimados dentro do melhor que podíamos fazer, até que nos últimos cinco anos foi delegado ao Hospital de Pronto Socorro, que faz o primeiro atendimento. Então, passamos a focar em sequelas”, conta.
Para a cirurgiã plástica, a maior dificuldade na área sempre foi a falta de estrutura para atender queimados em Juiz de Fora, já que, conforme ela mesma frisa, “profissionais capacitados temos aqui”.
Aposentada há um ano da Universidade Federal de Juiz de Fora, atualmente Marília de Pádua se dedica, exclusivamente, à sua clínica particular (Plastic Center - Clinica de Cirurgia Plástica) em Juiz de Fora. “Não me afastei totalmente do ensino já que mantemos um convênio com a UFJF e, diariamente, temos residentes de Cirurgia Plástica e, ocasionalmente, acadêmicos que complementam seu aprendizado conosco. Com isso, apesar da pandemia, temos tentado manter nossa produção científica e atualizações”, finaliza.