- 25/09/2020
“Quanto mais engajados e unidos estivermos, mais fortes seremos para promover a melhoria dos serviços de queimados”
O cirurgião plástico Wandir Schiozer é sócio da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) há 20 anos e atuante na trajetória da instituição. Exerceu dois mandatos como presidente e uma como tesoureiro da regional em São Paulo. Por quatro anos, foi editor da Revista Brasileira de Queimaduras e duas vezes diretor científico.
Para o profissional, a SBQ é extremamente importante para o atendimento das queimaduras no Brasil, pois promove iniciativas de apoio social ao paciente queimado e atua junto aos órgãos de governo. Para ele, a Sociedade proporcionou uma união que gerou difusão de conhecimento entre os profissionais que tratam as queimaduras no país.
“Antes da SBQ, o contato entre os que tratavam de queimaduras era muito limitado. A SBQ une vocações, somos semelhantes e, por esse motivo, se costuma dizer que somos uma família. A SBQ produziu muitos frutos, congressos, jornadas, CNNAQ e, um que particularmente me orgulha, a Revista Brasileira de Queimaduras”, conta.
Schiozer destaca que o tratamento das queimaduras é caro, demorado e demanda muitos recursos humanos e financeiros. Ele afirma que não é tarefa fácil convencer a administração dos serviços de saúde e os gestores públicos da necessidade de financiamento diferenciado dos serviços de queimaduras.
“Quanto mais engajados e unidos estivermos, mais fortes seremos para promover a melhoria dos serviços de queimados e a incorporação de novas tecnologias. Para isso, é fundamental arregimentar novos soldados nessa luta. Jovens com disposição e mentalidade para trabalhar, inovar, superar desafios e trilhar novos caminhos nessa nobre missão de tratar as queimaduras”, acredita.
Vida profissional - Há mais de 30 anos à frente do tratamento das queimaduras, atualmente, Wandir Schiozer tem uma clínica privada que atende pacientes com queimaduras e é professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí.
Teve o primeiro contato com queimaduras em 1988, quando era residente de cirurgia plástica, na Unidade de Queimaduras do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). “Desde então, praticamente, nunca deixei de trabalhar e estudar esse complexo trauma”.
Quando finalizou a residência em cirurgia plástica, trabalhou na Unidade de Queimaduras do antigo Hospital Umberto I. Fez especialização de dois anos no Hospital Bogenhausen, em Munique, na Alemanha. Em 1988, foi contratado como assistente na Unidade de Queimaduras do Hospital das Clínicas da FMUSP, mesmo ano em que concluiu o doutorado com tese relacionada às queimaduras.