YD comunicação - 19/06/2023
Autora da revista Queimaduras nunca mais contou como surgiu a ideia do gibi e a importância da ferramenta para prevenção e cuidado pós-acidentes
Ana participou de um a excursão da escola a uma empresa que utiliza realidade virtual para ensinar sobre vários assuntos. Ela escolheu saber um pouco mais sobre como evitar e cuidar de queimaduras. O enredo, fictício, faz parte da história em quadrinhos “Queimaduras nunca mais – um jogo de conhecimento”, criado por Carolina Rodrigues Milhorini e Juliana Helena Montezelli, com ilustração de Daniel Kin Carvalho Costa.
O lançamento oficial da revista foi feito em uma live na noite de sexta-feira (16) e contou com a participação da autora Carolina Milhorini e da vice-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras, Kelly Danielle de Araújo. O evento faz parte da programação da campanha Junho Laranja 2023.
Carolina conta que a ideia da história em quadrinhos surgiu após um trabalho realizado durante uma programação da Universidade Estadual de Londrina (PR). “Eu acompanhava a professora Juliana nos atendimentos dentro dos centros de tratamento de queimados e, neste evento, que ocorreu em um lugar de grande movimentação em Londrina, nós produzimos uns cartazes escritos: Se alguém que você ama se queimar, você sabe o que fazer? Foi chocante para a gente ver que pouquíssimas pessoas sabiam corretamente o que fazer!”, relembra.
A partir daí, começaram a pesquisar ideias de como levar conhecimento à população. “Vimos um trabalho interessante de parada cardiorrespiratória que utilizava história em quadrinhos. Pesquisamos e vimos vários relatos de que a ferramenta é lúdica, barata e, ao mesmo tempo, aproxima a realidade do leitor com o que está acontecendo no enredo”, destaca.
Para construir a historinha, Carolina conta que buscaram quais eram as principais etiologias de queimaduras, o primeiros socorros mais utilizados e validou com profissionais e, também, com pessoas acima de 18 anos.
“A história em quadrinhos tem se mostrado muito importante como ferramenta de educação em saúde. Ela pode ser usada na escola, por profissionais de saúde em estratégias de educação em queimaduras. Por meio da historinha, a gente pode ajuda fazendo com que a tomada de decisão diante de um acidente seja feita baseada em fatos científicos”, observa a autora.
A revista está disponível para leitura no site da SBQ. Porém, para baixar, imprimir e utilizar o material, é preciso entrar em contato com as autoras pelo formulário no blog . “Tomamos essa medida para que as instituições sigam as recomendações de idade e autoria, sem ter prejuízo à população”, diz Carolina, explicando que a linguagem da revista foi validada para adolescentes e precisaria de um novo estudo para saber se ela também se adequa a crianças ou se seria preciso alguma adaptação.