Ligas acadêmicas representadas em coordenação na SBQ

YD Comunicação - 16/02/2024

O objetivo é aproximar os estudantes da sociedade para melhorar capacitação e parcerias em campanhas de prevenção

A Sociedade Brasileira de Queimaduras acaba de ganhar uma Coordenação de Ligas Acadêmicas, com o objetivo de seguir um dos propósitos dessa nova gestão: a aproximação com estudantes das áreas da saúde. Estará à frente da coordenação o cirurgião plástico Victor Araújo Felzemburgh.


Conforme descreve o médico, as ligas acadêmicas são grupos de alunos que se reúnem e têm autogestão, mas são supervisionados e orientados por professores, que na maioria das vezes, são profissionais de saúde. “O lado muito bom disso é que você concentra pessoas que têm a iniciativa de estudar assuntos afins e desenvolver pesquisa, atividades de prevenção, campanhas, fazer publicações, apresentar em congressos e é importante a gente, junto com a coordenação, com a SBQ, direcionar, ajudar nessa orientação e fornecer membros da SBQ para reforçar o aprendizado, para dar aulas, para orientar projetos e ações com relação à comunidade, mas também de trazer essas ligas e direcionar para uma informação que seja uma formação de qualidade”, destaca Felzemburgh.

O presidente da Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (Laplace), Miguel Pires, vê com bons olhos a iniciativa da SBQ. “Tem muita gente na nossa liga que se interessa nessa área de queimadura e o que posso dizer é que a gente está muito entusiasmado, eu diria, para poder fazer parte dessa organização, porque eu acho que podendo ter um pouco mais de contato com essa área, a gente vai poder aprender um pouco mais a especialidade que a gente almeja e decidir com mais garantia se é o que a gente quer, além das oportunidades que devem surgir com essa organização”, celebra o estudante.

De fato, essa será uma das propostas da coordenação: levar informação aos alunos de todo o país. Mas o trabalho vai além. “As ligas ajudam bastante nas campanhas de prevenção, nas ações sociais, comunitárias. Elas conseguem ser um braço mais próximo das pessoas e queremos aproveitar essa aproximação para atuar na prevenção”, frisa o coordenador de ligas da SBQ. 


Victor Araújo também pretender aproximar a SQB das ligas em todo o país e ofertar grupos de pesquisa. A capacitação é outro ponto primordial. “Queremos ofertar um contato maior dos estudantes com a SBQ, porque ali você cria uma semente da importância da prevenção e também podemos fornecer cursos, treinamentos, discussões, tele aulas, jornadas”, destaca. 

O médico ressalta que há muitos exemplos de má assistência no primeiro atendimento ao queimado por ter ali um profissional ainda em formação, sem muito conhecimento desse atendimento inicial à vítima de queimadura. “É nesse momento que é o ponto mais chave da identificação, na escolha correta da conduta e isso diminui morbidade e mortalidade, um bom direcionamento de uma boa conduta. No atendimento do grande queimado, isso resulta em aumento de qualidade de vida e aumento de sobrevida. Então, por isso, é muito importante a gente também focar em capacitação e treinamento desses alunos e das ligas”, complementa o cirurgião.

Para o presidente da Associação dos Estudantes de Medicina do Brasil (Aemed-BR), Cainã Cardoso, é evidente que, na graduação, os estudantes não possuem proximidade ou exposição adequada ao tema de queimaduras ao longo de sua formação. “Dessa forma, a SBQ, por meio de iniciativas, poderá aproximar os acadêmicos ao tema”, destaca.

Ele frisa, ainda, que a Coordenação de Ligas Acadêmicas poderá contribuir para “o avanço do conhecimento científico através da construção de um ambiente de aprendizagem com enfoque em atividades de ensino, pesquisa e extensão onde poderá se buscar novas abordagens de tratamento e protocolos de prevenção, além de contribuir com o surgimento de grandes inovações na área de queimaduras”.


Com relacionamento de mais de 10 anos com ligas acadêmicas, Victor Araújo Felzemburgh destaca a importância delas para a saúde. “Fui ligante quando estudante, passei a orientador, já dei aula em mais de 32 ligas. O objetivo é promover saúde, incentivar, empolgar os alunos. E eles trazem de volta os benefícios para a sociedade. Então, eu acho que essa é a ideia que a gente tem de fortalecer o ensino e fortalecer o aprendizado”, finaliza o coordenador das ligas acadêmicas da SBQ. 

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