YD Comunicação - 13/10/2020
Atuação vai desde a chegada do paciente ao hospital até anos após a alta
Todo ano, em 13 de outubro é comemorado o dia de dois profissionais: fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. Ambos contribuem para a recuperação física e mental de vários pacientes, inclusive, vítimas de queimaduras. Com o passar dos anos, avanços reduziram, significativamente, o número de mortes por lesões causadas por queimadura e melhoraram a capacidade funcional dos pacientes, principalmente pela ação de uma equipe multiprofissional
Em processos de reabilitação, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional são peças essenciais. O trabalho já começa com a chegada do paciente ao hospital, quando é avaliada a movimentação do órgão danificado. Sendo assim, se o fisioterapeuta realizar o tratamento precoce e estabelecer um programa de movimentos em conjunto com o processo de cicatrização, a reabilitação poderá ser muito menos traumática e bem mais sucedida.
Segundo o fisioterapeuta e membro da Sociedade Brasileira de Queimaduras, Juliano Tibola, este profissional atua de uma forma bem abrangente, desde quando o paciente entra no hospital e pode durar por muitos anos. “Sem fisioterapeuta e o fisioterapeuta ocupacional, o paciente sairia de uma unidade sem boas condições físicas e mentais, sem movimento articulado do corpo e interferiria muito na qualidade de vida dele”, explica.
Conforme a fisioterapeuta Helena Ribeiro, também membro da SBQ, o papel do fisioterapeuta é fundamental, desde a admissão até após a alta hospitalar. “Membro indispensável da equipe multiprofissional de uma Unidade de Tratamento de Queimados, o fisioterapeuta atua na prevenção de complicações pulmonares, assim como em seu tratamento. O processo de reabilitar o paciente crítico queimado envolve mobilização precoce, desde os movimentos passivos no leito até a independência para deambular (andar). O profissional está presente em vários momentos e visa tornar o paciente capaz de reassumir sua vida, como antes ou com adaptações. Por fim, o fisioterapeuta oferece horizontes, possibilidade de não só sobrevida, mas de qualidade de vida”, destaca a especialista.
AGENTE MOTIVADOR - Antes de qualquer intervenção, é necessário conhecer o paciente a ser tratado. As consequências deixadas pela queimadura, geralmente, são sequelas físicas e psíquicas. Por isso, o acompanhamento, também, por um terapeuta ocupacional é muito importante, pois ele atua na prevenção de deformidades, manutenção da mobilidade articular e restituição da função, visando reestabelece a sua ocupação do dia a dia.
Esse processo funciona como catalisador para os processos de mudança da vida ocupacional da pessoa em todas as fases de seu tratamento, desde a chegada no hospital até a reabilitação.
De acordo com a presidente da SBQ regional Goiás, a terapeuta ocupacional Rosa Irlene Serafim, das seis especialidades da terapia ocupacional, a mais fácil de exemplificar é a que trata do paciente queimado, pois é a que melhor demonstra como é a prática profissional. “Fazemos um atendimento com olhar funcional, que proporcione ao paciente um retorno à cidadania”, ressalta Rosa Serafim.
Jonara Ramos é terapeuta ocupacional no Rio Grande do Norte há 11 anos e, segundo ela, a especialidade tem o objetivo de manter a independência do paciente na vida diária dele. “Nosso trabalho é manter o paciente o mais funcional possível e acompanha em tudo para ele viver e se adaptar a vida normal no dia a dia”, observa.