Farmacêuticos também são peças fundamentais no atendimento a queimados

YD Comunicação - 20/01/2021

Eles auxiliam na prescrição de medicamentos desde a admissão até a alta do paciente

A formação em farmácia abre portas para as mais diversas áreas de atuação na profissão. Nos centros de tratamento a queimados, os farmacêuticos clínicos atuam na avaliação da farmacoterapia com a monitorização dos exames laboratoriais, acompanham o paciente visitando os leitos e as evoluções médicas e interagem com outros profissionais da equipe multidisciplinar. O profissional também monitora o risco de interações medicamentosas e a possibilidade de alguma interação físico-química entre os medicamentos administrados na mesma bolsa.

“Apesar do farmacêutico clínico não ser um profissional prescritor, ele tem a capacidade de ter uma avaliação crítica da prescrição médica e, se necessário, fazer uma intervenção farmacêutica. Seria a interação com outros profissionais afim de otimizar o tratamento farmacológico”, destaca Vinícius Farias Lassali, farmacêutico clínico do Centro de Tratamento de Queimaduras na Irmandade de Misericórdia de Campinas. 

Presente desde o momento da internação, o farmacêutico lista todos os medicamentos e tratamento que o paciente fazia antes. A partir da prescrição de alta feita pelo médico, o profissional faz a orientação para garantir que haja boa adesão ao tratamento.

Acompanhamento – Os pacientes queimados têm grande sensibilidade à dor no processo da recuperação da queimadura. São pacientes que normalmente fazem uso de grande quantidade de medicamentos diferentes e que têm um certo linear de segurança. A atuação do farmacêutico clínico é muito importante para garantir não só a efetividade, mas a segurança do tratamento.

“O intuito final do trabalho do farmacêutico clínico sempre vai ser otimizar a farmacoterapia de uma maneira que haja um equilíbrio entre os efeitos benéficos esperados e as reações adversas que são inerentes ao tratamento ou reações medicamentosas, principalmente quando se trata de um paciente que faz a polifarmácia”, conta o farmacêutico Vinícius Farias Lassali.

Mais proximidade – Em julho de 2020, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) em Brasília, referência no atendimento a queimados, foi inaugurada a Sala de Farmácia Clínica da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ). Para a farmacêutica Kattia Maria Braz Cunha, a aproximação da equipe foi muito importante para maior integração na assistência e atenção integrada ao paciente e aos familiares.

“Houve maior envolvimento da farmacêutica na farmacoterapia indicada, orientação e acompanhamento da administração de medicamentos, adaptação das formas farmacêuticas à idade dos pacientes (pediátricos), avaliação da resposta terapêutica, avaliação de efeitos colaterais e orientação na alta hospitalar”, conta a farmacêutica.

Para a farmacêutica clínica Fabrizia Silva Morais Alves, que trabalha no CTQ do Hospital Geral do Estado (HGE) de Salvador, os profissionais são essenciais na equipe multiprofissional do atendimento aos queimados.

 “Essa aproximação permite buscar um diálogo com a equipe médica e de enfermagem para obtermos melhorias e evitar riscos para os pacientes. É um trabalho de conscientização e orientação que os farmacêuticos deverão realizar junto à equipe para o paciente. Sobretudo, a importância em se fazer o uso racional e correto dos medicamentos, seguindo as prescrições médicas.”, conta.

Neste Dia do Farmacêutico, celebrado em todo 20 de janeiro, a SBQ parabeniza estes profissionais e agradece pelo trabalho desempenhado.

 


Outras Notícias

Fala, presidente: Margareth Gonzaga, SBQ regional Espírito Santo

Bancos de tecido começam a realizar as captações, processamentos e envio de membrana amniótica após incorporação ao SUS

“Ser grato por continuar vivo colocou em meu coração um propósito de seguir em frente fazendo das cicatrizes uma oportunidade de testemunhar a vida”

Incêndio na COP30 pode ter causa de origem elétrica e reforça alerta já feito anos atrás pela SBQ e Abracopel

Fala, presidente: Rogério Noronha está a frente da SBQ Minas Gerais

Inscrições abertas para o XVI Congresso Brasileiros de Queimaduras 2026

Prazo para pagamento de anuidade 2025 da Sociedade Brasileira de Queimaduras termina em 30 de novembro

Brasil ganha primeiro Laboratório da Pele de Tilápia, instalado na Universidade Federal do Ceará

Rechaud: é preciso regulamentação e campanhas preventivas

Maria Leonor Paiva, segunda vez presidente da SBQ RN

Nova edição da Revista Brasileira de Queimaduras já pode ser acessada

Luana Gaspar foi vítima de um fio desencapado que quase lhe custou a vida

ISBI abre chamada para programa de avaliação de centros de queimados

CampSamba 2025 reuniu 15 crianças vítimas de queimaduras em Pernambuco

Queimaduras entre crianças: um risco subestimado e frequente

SBQ e Cofen conversam sobre Linha de Cuidados em Queimaduras

No Dia da Secretária, SBQ reconhece a importância da atuação de Loraine Derewlany, secretária executiva da entidade

Membrana amniótica já compõe Política Nacional de Doação e Transplantes criada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (26)

SBQ participa de Movimento pela Curricularização dos Conteúdos sobre Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos

Fernanda Gazola: “a vida de um sobrevivente de queimaduras é recomeçar todos os dias”