YD Comunicação - 18/12/2020
Recém eleito presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras na regional da Bahia, o cirurgião plástico Nilmar Bandeira assume com o propósito de manter seu Estado como destaque no cenário nacional, sendo referência em atendimento a pacientes queimados e pesquisas.
Ao lado do médico Marcus Barros, atualmente coordena o Centro de Tratamento de Queimados do novo prédio do Hospital Geral do Estado (HGE), tarefa que vai dividir com as atividades na SBQ.
Como o senhor iniciou o atendimento a pacientes queimados?
Minha história com os pacientes queimados começa em março de 1997, quando vim de Brasília, minha cidade natal, para fazer a residência médica de cirurgia plástica no Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (HC-UFBA). Neste ínterim, prestei concurso público para o cargo de cirurgião geral da emergência do Hospital Geral do Estado (HGE), referência em atendimento ao politraumatizado do Estado da Bahia.
Após a conclusão da residência, passei a fazer parte do grupo de cirurgiões plásticos do HGE e a trabalhar no Centro de Tratamento de Queimados do hospital. Em 2016, com a construção de um novo prédio, anexo ao HGE, chamado agora de HGE2, houve a migração para o novo CTQ-HGE2, onde desde então, divido a coordenação com o Dr. Marcus Barroso.
É a primeira vez que faz parte da diretoria da SBQ? O que o motivou a entrar?
Sim. A motivação veio da necessidade de poder fazer um pouco mais pelo tratamento do paciente queimado aqui no nosso estado e de poder contribuir com excelente trabalho que a SBQ vem realizando, na pessoa do nosso reeleito presidente José Adorno, em integralizar os diversos serviços do nosso país.
O que pretende fazer pelo seu estado enquanto presidente da SBQ regional?
Nosso objetivo será manter o estado da Bahia em destaque no cenário nacional como referência no atendimento ao paciente queimado, desenvolvendo e publicando pesquisas de ponta e formando recursos humanos. Em 2021, daremos início à segunda residência médica em Atendimento ao Paciente Queimado do país -parabéns a todos os envolvidos.
Estamos trabalhando, incansavelmente, para num futuro próximo, termos nosso Banco de Pele em funcionamento para demanda de nossos pacientes e para o fornecimento de pele alógena para os demais entes da federação.
Quais são os maiores desafios na região no atendimento a queimados?
Nossos maiores desafios aqui são a sensibilização do poder público para a adoção de medidas preventivas e socioeducativas e a sua ampla divulgação.
Devido a grande extensão territorial da Bahia, precisamos também melhorar nosso atendimento primário através da capacitação dos profissionais envolvidos e na transferência adequada destes pacientes para o CTQ via central de regulação do Estado.