YD Comunicação - 26/02/2021
O presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras regional Minas Gerais, o médico Marcelo Lopes Ribeiro pretende criar outros centros de atendimento ao queimado (CTQ) e colocar em prática o funcionamento do banco de pele no Estado.
O profissional acredita que a prevenção e campanhas educativas são importantes para diminuir os casos de queimaduras. “Mostrar para as pessoas que um indivíduo queimado está “queimado” pelo resto da vida e é uma cicatriz que “nunca se fecha””.
Como o senhor iniciou o atendimento a pacientes queimados?
No Hospital João XXIII, no ano de 2007 a 2109, atuei como médico de tratamento intensivo na Unidade de Tratamento de Queimados. Também fui diretor clínico e diretor geral do Hospital, sempre dando ênfase e apoio a esta unidade. Atualmente, atuo como coordenador do Pronto Atendimento no Hospital Luxemburgo.
É a primeira vez que faz parte da diretoria da SBQ? O que o motivou a entrar?
É a primeira vez. O que me motivou foi estar atendendo diretamente estes pacientes. Tivemos algumas situações de catástrofes, com um grande número de queimados, e como gestor, pude atuar na melhoria do atendimento. Além de também poder oferecer ajuda a outros estados com a expertise da nossa unidade e poder ter feito diferença direta nas vidas destes pacientes e de seus familiares.
O que pretende fazer pelo seu estado enquanto presidente da SBQ regional?
Trabalhar intensamente na prevenção, desde campanhas informativas até ir ao poder público para fazer propostas diretas para diminuir o atendimento a pacientes queimados; ajudar a criar outros CTQs, pois somos o estado onde tem o maior números de municípios e com distâncias muito longas para termos apenas um centro efetivo; aprovar tratamentos alternativos para cobertura biológica, como projeto de uso da membrana aminiótica; potencializar e botar em prática o banco de pele, junto com meus colaboradores da regional Minas.
Quais são os maiores desafios na região no atendimento a queimados?
Diminuir a quantidade de pacientes queimados, que aumenta a cada ano no nosso país, e com isto, conscientizar as pessoas que isto ocorre sempre e muitas vezes por descuido. Mostrar para as pessoas que um indivíduo queimado está “queimado” pelo resto da vida e é uma cicatriz que “nunca se fecha”.
Outro desafio é tentar realizar uma educação continuada de toda rede de saúde no atendimento do paciente vítima de queimadura, pois infelizmente o primeiro atendimento tem sido muito precário.