YD Comunicação - 06/11/2020
A última edição da coluna Fala, Presidente! será com o representante nacional da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), José Adorno. O cirurgião plástico trabalhou no setor de queimados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, por 28 anos, até a sua aposentadoria, em setembro deste ano. Para ele, é uma área rica, que merece ser tratada com empolgação e ser melhor trabalhada e espalhada pelo país. Conforme destaca José Adorno, o tratamento de queimados precisa crescer como rede integrada.
- Há quanto tempo trabalha com pacientes queimados?
Trabalhei por 32 anos no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, desde a residência até aposentadoria, em setembro deste ano. Trabalhei por 28 anos no setor de queimados, passando por diversos cargos no hospital, inclusive de gestão.
- Como foi direcionado para a área?
Desde cedo, na faculdade de medicina, decidi fazer cirurgia plástica e na residência resolvi que trabalharia com queimados. Era um setor sem muita estrutura, com uma equipe com poucos profissionais, que ainda não tinha cirurgião plástico e fui me encaixando lá. Foi de grande aprendizado, crescimento e satisfação.
- Que desafios a SBQ enfrenta na área de queimaduras?
Os centros de tratamento de queimados precisam ter sempre profissionais qualificados e não existe curso específico para cuidar de queimados. Por isso, a SBQ oferece o CNNAq, para auxiliar os profissionais no atendimento aos pacientes queimados e diversos outros cursos. Precisamos crescer mais e mais e espalhar conhecimento. Temos carência de centro de queimados no Brasil e precisamos fortalecer a linha de frente do atendimento ao queimado e nós, da SBQ, temos essa vocação, precisamos contribuir para que haja um atendimento qualificado em todo o Brasil. Precisamos crescer como rede e rede integrada. O trabalho de prevenção é fundamental e temos essa obrigação.
- Quais as conquistas da SBQ?
Desde que a SBQ passou a existir, em 1996, foi reunindo conhecimentos e profissionais para que trocassem experiências. Antes isso não existia. Hoje é possível interagir todo Brasil e auxiliar no crescimento do atendimento ao paciente queimado em todo o Brasil. Estimulamos a pesquisa, a capacitação, a melhoria do atendimento. Temos vários cursos disponíveis para contribuir com esses profissionais. Falo de queimaduras com bastante empolgação, pois ela é muito rica, no âmbito de atendimento, de conhecimento, de estímulo e tem muito trabalho a ser feito e melhorado.