YD Comunicação - 21/05/2021
A nutricionista Gisele Gonçalves de Souza é a entrevistada desta edição da coluna Fala, Presidente!. A especialista, que trabalha no Centro de Tratamento de Queimados Dr. Oscar Plaisant, do Hospital Federal do Andarai, é presidente da regional do Rio de Janeiro, da Sociedade Brasileira de Queimaduras.
Gisele conta que iniciou seu trabalho com pacientes queimados em 2013, no CTQ Dr. Oscar Plaisant, observando o trabalho interdisciplinar desenvolvido, que, segundo ela, tem, até hoje, “muito cuidado, atenção e dedicação aos pacientes”. Por isso, passou a ser uma apaixonada pela área e pelo trabalho que é feito.
Como iniciou o atendimento a pacientes queimados?
Sou servidora do Ministério da Saúde desde 2009, alocada no Hospital Federal do Andarai, referência no tratamento de queimados no Rio de Janeiro. Em 2013, iniciei meu trabalho, especificamente, no Centro de Tratamento de Queimados Dr. Oscar Plaisant onde, observando o trabalho interdisciplinar desenvolvido com tamanho cuidado, atenção e dedicação aos pacientes, passei a ser uma apaixonada pela área e trabalho até os dias atuais.
É a primeira vez que faz parte da diretoria da SBQ?
Não. Quatro anos após iniciar o trabalho com pacientes queimados, no ano de 2017, fui convidada a participar da diretoria da SBQ/RJ como secretária. Em 2019, fui vice-presidente e, este ano, assumi o cargo de presidente, dando continuidade à gestão anterior.
O que o motivou a entrar?
Meu maior incentivo para fazer parte da SBQ foi poder participar do trabalho interdisciplinar desenvolvido pela equipe em prol do paciente queimado, além de observar o interesse e o empenho no desenvolvimento e melhoria do atendimento pelos membros das diretorias anteriores.
O que pretende fazer pelo seu estado enquanto presidente da SBQ regional?
Costumamos, na regional Rio de Janeiro, dizer que “prevenir é melhor que cicatrizar”. Por este motivo e dando continuidade às gestões anteriores, o principal foco da nossa diretoria é o desenvolvimento de ações, visando prevenção e educação continuada. Entendemos que estes dois pontos são pilares para a redução do número de acidentes e elevação da qualidade de atendimento prestado. De forma complementar, pretendemos aumentar a visibilidade da SBQ Rio, almejando despertar maior interesse dos profissionais sobre esta área de atuação.
Quais são os maiores desafios na região no atendimento à queimadura?
Considerando a complexidade e precariedade do sistema de saúde do nosso estado, acentuados ainda mais pela pandemia, um dos principais desafios é mapear e dar suporte à integração das informações e recursos, frente à grande demanda. Outro ponto crítico é a nítida relação entre grande parte dos acidentes causadores de queimaduras e a vulnerabilidade socioeconômicas da população, apontando a necessidade não só de ampliação e melhoria do atendimento hospitalar, mas também de políticas públicas que perpassem desde a prevenção até o acompanhamento pós-alta, sendo, desta forma, de grande importância sensibilizar o poder público.