- 14/05/2025
Atual presidente da Federação
Latinoamericana de Queimaduras (Felaq), Luiz Philipe Molina Vana esteve à
frente da Sociedade Brasileira de Queimaduras no biênio 2017/2018. Foi na gestão
dele que o acampamento CampSamba, o qual ele também preside atualmente, foi
integrado à SBQ.
Também ex-presidente regional da SBQ de
São Paulo por duas vezes, o médico acredita que uma das missões de quem atua
com queimaduras é engajar outras pessoaspara que também atuem na causa.
Ele é o oitavo ex-presidente a ser
entrevistado na série dos 30 anos de história da SBQ contada por aqueles que
fazem parte dela.
SBQ- O que o motivou a presidir a SBQ?
A SBQ desempenha um papel essencial na
disseminação do conhecimento e na orientação de políticas públicas na área das
queimaduras. Para que essa missão se concretize, é fundamental o envolvimento
de profissionais dispostos a dedicar seu tempo e expertise. Conforme fui
participando de eventos, percebi que poderia contribuir para o crescimento da
entidade. Assumir essa responsabilidade foi um compromisso natural, e acredito
que cabe a nós não apenas impulsionar a SBQ, mas também incentivar outros a se
engajarem nessa causa.
SBQ- Quais foram as maiores dificuldades
daquela época?
Acredito que o maior desafio tenha sido
engajar tanto profissionais quanto empresas, mobilizando-os para uma atuação
mais ativa na área.
SBQ- E quais foram os maiores avanços
conquistados naquele período?
Conseguimos transformar a relação da SBQ
com as empresas, demonstrando que a parceria é fundamental para avanços
significativos. Também ampliamos nossa presença internacional, fortalecendo
laços com países da América Latina e trazendo a ISBI de volta aos nossos
eventos, após muitos anos de ausência. Além disso, revitalizamos a dinâmica dos
congressos, tornando-os mais atrativos e impactantes. Outro marco importante
foi o apoio ao desenvolvimento de ONGs, como o CampSamba, que passou a integrar
a SBQ. Criamos o Junho Laranja, uma iniciativa voltada à prevenção, e
implementamos diversas ações que reforçaram nossa atuação.
SBQ- O que mudou na atenção às vítimas
de queimaduras e na prevenção desde aquela época até hoje?
As políticas públicas vêm evoluindo, mas
ainda de forma lenta. Apesar de termos conquistado um espaço maior para o
diálogo com políticos e representantes do Congresso, os avanços concretos ainda
são limitados. Muitas iniciativas continuam dependendo do esforço individual de
profissionais e organizações, que felizmente se tornaram mais frequentes.
SBQ- O que significou
para sua vida e carreira presidir a SBQ?
Foi um marco que ampliou minha visão de
mundo e reforçou meu senso de responsabilidade social, trazendo uma nova
perspectiva para minha atuação profissional e pessoal.