- 29/11/2017
O XII Congresso da Federação Latino-americana de Queimaduras e o II Congresso Peruano de Queimaduras, realizados entre os dias 8 e 11 de novembro, em Lima, Peru, representam uma experiência rica de estudos e atualizações para toda a América Latina, conforme comenta o presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Luiz Philipe Molina Vana.
Vana, que também é tesoureiro da Federação Latino-americana de Queimaduras (Felaq), conta que o conhecimento e prática expostos no congresso foi compartilhado por representantes de inúmeros países, assim como novos membros da Felaq, oriundos da Espanha e Portugual. “Trocamos experiências com colegas que têm os mesmos problemas e dificuldades que nós”, ressalta. Para o cirurgião plástico, embora os países integrantes da Felaq não tenham recursos ilimitados, como os Estados Unidos ou as nações europeias, devem se espelhar em sistemas e procedimentos de primeiro mundo, encontrando soluções a curto prazo.
O presidente da SBQ é um dos 10 congressistas do país que estiveram no evento e um dos quatro brasileiros membros da direção da Felaq. O cirurgião plástico conta que se sentiu honrado em representar o Brasil ao lado de países latino-americanos, sendo eleito o próximo diretor científico da Felaq. “Isso mostra que o trabalho realizado no Brasil está sendo observado em outros países”, acredita.
Presença marcada
Durante os quatro dias de congresso, o presidente d a SBQ liderou inúmeras atividades. No pré-congresso, realizado no dia 8, Vana ministrou um curso sobre manejo de feridas. Nos dias 9 e 10, respectivamente, explanou sobre Desbridamento com ultrassom no paciente agudo e a Avaliação de cicatrizes e dos resultados dos tratamentos. Sobre o curso de desbridamento, o cirurgião ressaltou ser uma nova tecnologia que tem mostrado grande potencial, utilizada para remover tecido morto por causa da queimadura em regiões nobres, como a mão. “Os resultados são inacreditáveis! É perfeito e preserva os tecidos nobres como vasos e tendões que na mão são muito superficiais”, evidencia.
Também com a presença do presidente da SBQ, uma mesa-redonda foi realizada com o tema Como fazer campanhas de prevenção de queimaduras na América Íbero-Latina que sejam efetivas? e contou com a presença de representantes da Colômbia, Chile, Guatemala e México. Segundo Vana, o debate proporcionou a exposição de novas ideais na área. “É incrível ver como nossos vizinhos têm problemas similares aos nossos, isso também acontece nas campanhas de prevenção”, assevera.