YD Comunicação - 13/09/2022
Pacientes queimados correm mais risco de sofrer com o problema
Neste 13 de setembro, o mundo inteiro se mobiliza para um assunto de extrema importância, principalmente para pessoas que convivem sob risco de infecções: a sepse, considerada um conjunto de manifestações graves em todo o organismo, produzidas por infeção, principalmente bacteriana.
Segundo o Ministério da Saúde, essa é a principal responsável por óbitos dentro de hospitais. De acordo com estimativa do órgão, são cerca de 670 mil por ano no Brasil. E ao contrário do que se pensa, sepse não é um problema só para pacientes já internados em hospitais. Grande parte dos casos são pacientes atendidos nos serviços de urgência e emergência.
Estão mais sujeitas a desenvolver sepse as pessoas hospitalizadas, com predisposição genética e sistema imunológico debilitado; os portadores de doenças crônicas e os usuários de álcool e outras drogas. São também considerados fatores de risco áreas extensas de queimaduras.
“É importante a conscientização para que a infecção seja diagnosticada e tratada precocemente, ainda mais em pacientes queimados, que perderam a barreira de proteção do corpo, que é a pele. Como ela foi destruída, os germes facilmente podem entrar e fazer uma infecção na pele entrar na corrente sanguínea. Então, na medida em que se tem qualquer infecção, é preciso tratar e acompanhar de forma adequada”, destaca o médico e tesoureiro da Sociedade Brasileira de Queimaduras, Mario Frattini.
Profissionais de saúde, familiares e o próprio paciente podem ficar atentos aos sintomas de uma infecção e logo buscar ajuda médica. “Normalmente os sintomas são febre, frequência cardíaca elevada, respiração aumentada, rebaixamento do nível de consciência e pressão arterial mais baixa”, elenca o presidente da Associação de Medicina Intesivista Brasileira, Marcelo Maia. A entidade é uma das que tem atuação marcante na conscientização sobre o assunto.
“Programas de melhoria no desempenho para sepse geralmente consistem em triagem de sepse, educação, mensuração de desempenhos dos pacotes, desfechos dos pacientes e ações nas oportunidades identificadas”, complementa o médico.
Conforme desta Mário Frattini, as melhores formas de evitar a sepse são manter-se sempre saudável, com alimentação adequada, prática de atividade física regular, avaliação médica periódica, evitando estresse. “E os pacientes imunossuprimidos, nos quais se encaixa o grande queimado, além de diabéticos, idosos e crianças muito novinhas, que têm maior risco de infecção, precisam estar em vigilância frequente”, alerta.
O médico também ressalta que o uso correto de antibióticos também é aliado no combate a sepse. “É, também, um grande desafio. O uso frequente de antibióticos fez surgir as bactérias multirresistentes, que são mais difíceis de ser tratadas”, observa.
Artigo – A atual Revista Brasileira de Queimaduras traz um artigo em espanhol sobre a temática. Intitulado Incidencia y factores asociados a sepsis en victimas quemadas internadas en un hospital brasileño, tem como objetivo conhecer a incidência de sepse e os fatores associados em vítimas de queimaduras.
Para ler o texto na íntegra, basta acessar o site da revista.