- 31/08/2020
Nutricionista é peça fundamental na equipe multidisciplinar
Durante todo o tratamento de queimaduras, o paciente conta com uma extensa equipe multidisciplinar, que visa o melhor para o queimado passar pelo doloroso processo da melhor maneira. Hoje, 31 de agosto, é o dia do nutricionista. O profissional é parte fundamental na recuperação do paciente queimado que, com um acompanhamento nutricional diário e individualizado, tem melhor resposta na cicatrização e na recuperação.
Devido à queimadura, o paciente tem aumento do gasto energético e das necessidades calóricas e proteicas, resultando em um quadro hipermetabólico. “A terapia nutricional precoce auxilia na resposta metabólica ao trauma e respectivas complicações, como a perda de peso, comprometimento imunológico e cicatrização, além da redução de complicações e mortalidade”,
A avaliação nutricional individualizada acontece nas primeiras 24 horas da internação e a terapia nutricional é iniciada nas primeiras seis horas, após a admissão ou estabilização do quadro do paciente. Para iniciar a terapia nutricional, as metas nutricionais - proteicas, calóricas e de micronutrientes - precisam estar estabelecidas. “Após estimar as necessidades calóricas por meio de equações preditivas ou calorimetria (troca de energia térmica), deve-se estabelecer as necessidades de macronutrientes como: carboidratos, proteínas e lipídios”, acrescenta a nutricionista.
Segundo a nutricionista, a suplementação de glutamina, aminoácido condicionalmente essencial na queimadura, é importante porque visa minimizar o catabolismo proteico e auxiliar na integridade da mucosa intestinal. A suplementação de micronutrientes também é fundamental, as vitaminas A, C, E, zinco, cobre e selênio auxiliam no processo de cicatrização. “O acompanhamento nutricional diário e individualizado é essencial, atendendo às necessidades nutricionais desde a admissão até o momento da alta. Assim como o monitoramento da tolerância a terapia nutricional enteral e aceitação da dieta via oral, exames bioquímicos e parâmetros clínico-nutricionais”, conclui Fernanda Merlos. |