- 21/08/2024
Pesquisa pretende atualizar informações de estrutura, equipe, serviços, entre outras coisas, para subsidiar discussões de políticas públicas
A Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) deu início a um novo levantamento junto aos centros de tratamento de queimados no Brasil. Esses locais atendem pacientes de alta complexidade em queimaduras. Os últimos dados são de 2021 e a entidade acredita que algumas coisas podem ter mudado desde então, a exemplo de Minas Gerais, que tem aumentado sua rede de assistência.
O estudo de três anos atrás tem orientado discussões de políticas públicas, destacando desafios como vazios assistenciais, falta de integração em rede e a carência de leitos, especialmente pediátricos. “Estamos realizando nova pesquisa para atualização de informações de estrutura, equipe, serviços em todo o Brasil”, frisa o médico José Adorno, representante Interinstitucional Nacional e responsável por este levantamento.
Entre os objetivos da nova pesquisa está avaliar o impacto após a pandemia de Covid-19 e facilitar a discussão da estrutura de atendimento dentro de discussões estratégicas para Linha de Cuidado com o Ministério da Saúde e outros parceiros da sociedade, bem como com iniciativas regionais.
“Temos cenários distinto para essa discussão nos próximos meses: o Congresso Brasileiro de Queimaduras, oficina de discussão de eixos estratégicos para estrutura Linha de Cuidados com Ministério da Saúde e OPAS. E, ainda este ano, com sociedades cirúrgicas parceiras na discussão da política”, destaca Adorno.
O último levantamento apontou 47 CTQs no Brasil. Apesar da evolução dos últimos 20 anos, esses centros ainda enfrentam muitos problemas estruturais, de organização de equipes, de inclusão e implementação de tecnologias, fluxo e parâmetros de atendimento, insumos, recursos humanos, entre outros. Falar sobre as dificuldades enfrentadas é uma forma de chamar a atenção para mudanças.
*Foto: CTQ Irmandade de Misericórdia de Campinas