YD Comunicação - 03/11/2022
A Sociedade defende que haja políticas de valorização dos servidores de equipe multiprofissional, que inclui a enfermagem
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (1) a urgência de um projeto que auxilie estados e municípios a custearem o piso salarial dos profissionais de enfermagem. Com isso, o projeto pode ser analisado mais rapidamente pelo plenário e, se aprovado, vai à sanção. O texto já foi aprovado pelo Senado Federal no início de outubro.
A lei que fixou a remuneração mínima da categoria em R$ 4.750 foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Palácio do Planalto, mas, em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o pagamento até que fossem analisados os impactos da aplicação do piso na qualidade dos serviços de saúde e nos orçamentos estaduais e municipais. A partir disso, parlamentares começaram a estudar medidas que pudessem custear o piso da categoria.
Analisando o cenário, o Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) destaca que é a favor de pisos salariais mais juntos, como busca de reconhecimento das equipes multiprofissionais, sem esquecer de avaliar a questão do subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Há impactos em todas as áreas, mas não devemos deixar de avaliar a questão dos baixos salários, em especial, quando se trata do maior contingente da força de trabalho como a enfermagem, que corresponde a mais de 75%, em geral”, ressalta o presidente da SBQ, José Adorno.
A SBQ pontua que são várias as maneiras de se valorizar o profissional, como: desenvolvimento progressivo, capacitação, condições de trabalho dignas, facilitar e incentivar a pesquisa, reconhecimento da importância do trabalho, especialmente após uma pandemia em que a dedicação dos profissionais superou todas as dificuldades enfrentadas, expondo-se ao risco de morte.
“Portanto, a SBQ apoia todas as políticas de valorização dos servidores de equipe multiprofissional e, agora, em especial, da enfermagem, que já luta há décadas para este resultado. A dificuldade está em construir soluções para sua implementação e não pode, de forma alguma, representar desencanto e falta de reconhecimento do valor humanístico desses profissionais”, conclui José Adorno.