YD comunicação - 01/02/2024
Comidinhas na beira da praia, trio elétrico rodando na rua e, em muitas regiões do país, o sol. Saiba como não sofrer acidentes
O Carnaval está logo ali. Fantasias, rostos e corpos pintados, encontro com amigos e diversão em praias, clubes e trio elétricos fazem parte da rotina desta época do ano. E para que a festa não se transforme em emergência, é preciso estar atento a alguns detalhes que, por vezes, passam despercebidos, mas que podem provocar queimaduras químicas, térmicas e elétricas.
“As queimaduras químicas podem ser causadas pelo uso de produtos na pele, como tintas e purpurinas, bem como o uso de cremes e pomadas no cabelo, que podem causar uma dermatite alérgica e resultar em bolhas semelhantes a uma queimadura de segundo grau. Então deve ser evitado”, frisa a presidente da regional da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) em Pernambuco, a médica Cristine Dalla Nora.
Em dezembro de 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou 1.266 notificações de pomadas para fixar ou modelar cabelos, justamente em razão do aumento do número de casos de queimaduras nos olhos em razão dos produtos sem autorização.
Queimaduras químicas também podem ser provocadas por veneno de caravela e águas-vivas. “Caso aconteça o contato, usar vinagre, que é o ácido acético, para neutralizar a substância e encaminhar o paciente a um serviço de referência”, orienta a médica.
A praia também demanda outros cuidados quando o assunto é queimadura. Além da proteção contra os raios solares e evitar exposição em horários antes das 10h e após as 16h, as pessoas devem ficar atentas a barraquinhas de comidas, já que muitas utilizam “instalações” precárias para manter aquecidos espetinhos e milho, por exemplo. Cuidado, também, quando os alimentos estiverem sendo fritos. É melhor manter distância.
Outro cuidado tem relação com fumantes. Ali, no meio da multidão, tem sempre alguém que se arrisca a acender um cigarro ou juntar-se a amigos para usar o narguilé. Neste caso, é preciso ter cuidado com faíscas que podem cair sobre vestuário e provocar fogo e queimadura. “Também evite ficar perto de materiais inflamáveis”, destaca Cristiane Dalla Nora.
Um dos itens principais da folia, os trios elétricos e os palcos de estrutura metálica também oferecem riscos. Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), o contato com a rede aérea matou 261 pessoas em 2023. Só para lembrar alguns acidentes, em 2011, um trio elétrico em Minas Gerais tocou a rede aérea de energia e matou 16 pessoas. Dois anos depois, em Santos, quatro pessoas morreram quando o ‘costeiro’ da fantasia de um dos destaques de um carro alegórico tocou na rede aérea, causando a eletrocussão dos destaques, de pessoas que empurravam o carro e de um espectador que estava na rua apreciando o desfile.