YD Comunicação - 05/12/2023
Cuidados podem garantir a reunião familiar sem choques elétricos, queimaduras ou incêndios
Chegou a época do ano em que as decorações natalinas estão por toda parte. Casas, ruas e comércios estão iluminados com muito pisca-pisca. O risco de choques elétricos, queimaduras, curtos-circuitos e incêndios podem aumentar neste período. Por isso, os cuidados devem ser redobrados.
A atenção começa no momento da compra do pisca-pisca, o produto deve ser de qualidade e, de preferência, de uma marca conhecida. Se for usar de anos anteriores, verificar se os fios estão em perfeito estado para evitar riscos. O diretor-executivo da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), Edson Martinho explica, também, que há luzes exclusivas para a área interna e externa.
"Para a área externa, só podem ser usados sistemas com proteção contra umidades, os que são do tipo mangueira. A ligação (onde será a tomada) precisa estar em local seco e seguro, protegido pelo dispositivo DR (diferencial residual) e não se deve usar benjamins (tês)’’, alerta o profissional, que recomenda manter as instalações sempre fora do alcance de pessoas e animais.
Edson orienta a consultar um profissional qualificado e não instalar os dispositivos em partes metálicas, como grades, portões etc. As árvores de natal devem ser montadas afastadas de produtos inflamáveis e as tomadas não devem ser sobrecarregadas. Ao sair ou ir dormir, a decoração precisa ser desligada.
Nos dias das festas, a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Kelly Araújo, faz o alerta para os cuidados com as lareiras, velas e pratos quentes na mesa.
"Não se deve utilizar lareiras que ficam no meio do ambiente e que são aquecidas com álcool. A vela não pode ser acesa e ficar sem supervisão, se tombar, pode começar um incêndio. Outra dica é evitar toalhas em mesas com pratos quentes, uma criança pode puxar o tecido e se queimar. Outro cuidado com as crianças é o de ensinar os pequenos a não ligar o pisca-pisca na tomada”, ressalta a médica.
Fogos - Segundo o cirurgião plástico e tesoureiro da SBQ, Bruno Barreto Cintra, como acontece nos festejos juninos, é comum queimaduras com fogos de artifício neste período do ano. "Os fogos de artifício devem ser manipulados por adultos, sem ingerir álcool e com conhecimento de como manuseá-los”, diz o médico.
A vice-presidente da SBQ diz que soltar fogos de artifício pode causar, além de queimaduras, amputações de membros como dedos, mãos e antebraço.
Atendimento - Em caso de queimadura elétrica, antes de socorrer a pessoa, a fonte de eletricidade precisa ser desligada. Assim, quem for ajudar não ficará preso na corrente elétrica. O choque elétrico merece atenção porque, além da queimadura, há risco de arritmia com parada cardíaca.
Após qualquer queimadura, a orientação é resfriar a área com água corrente, envolver com um pano limpo e seco e buscar atendimento médico.