EU VENCI – Sabrinne Sousa escolheu viver mesmo diante das adversidades

Lyd Comunicação - 30/04/2024

Se trancar na dor das cicatrizes não foi opção para a técnica de enfermagem que hoje vive em Portugal com o marido e a filha


“Não se tranque no seu casulo. Não deixe que a cicatriz fale mais alto em sua vida.” O conselho é da técnica de enfermagem Sabrinne Sousa, 33 anos, casada, mãe e sobrevivente de um acidente com queimaduras que sofreu na infância, aos 7 anos de idade, e a deixou com 90% do corpo queimado.

Da vida de antes do acidente ela não se lembra. Mas sabe que quando se queimou, lá na cidade Redenção, no interior do Pará, tiveram que correr com ela para um postinho de saúde perto de casa para, depois, ser transferida para Tocantins, onde ficou internada por quatro meses.

“Só depois pude ser levada de ambulância para Goiânia, onde tive todo o tratamento adequado em um hospital de queimaduras. Fiquei internada mais ou menos uns três meses, passei pela UTI, fui para a enfermaria, até receber alta  e ficar indo e voltando para fazer curativos”, conta Sabrinne, lembrando que também passou por cirurgias reparadoras e uso de expansor de pele, além de acompanhamento com psicólogo, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.

Hoje, ela está livre de todos os tratamentos e vive uma vida normal em Portugal, onde mora com o marido e a filha de 9 meses. Mas essa tranquilidade não esteve sempre presente. Atravessar a infância e a adolescência sob os olhares preconceituosos quanto às suas cicatrizes foi doloroso.

“Primeiro, eu tive que reaprender tudo: a andar, a falar. Mas, principalmente, tive de aprender a lidar com a rejeição. Você tem um corpo cheio de cicatrizes e as pessoas não são obrigadas a saber o que aconteceu. Então, você tem de estar preparada para as perguntas, a lidar com olhares. Isso me magoava muito. Hoje, não mais!”, detalha.

Ela diz que, no começo, foi preciso aprender a lidar com a dor física e com a dor emocional. “Vamos levar a cicatriz para o resto da vida. Então, é preciso trabalhar o emocional, não se deixar abater, para não levar uma vida vegetativa. Algumas pessoas se trancam em seu casulo. Eu resolvi colocar a cara e ir em frente”, diz, mostrando a força e a vontade de viver. 

Outras Notícias

CNNAQ está com data marcada. Não perca a chance de participar do curso completo sobre normatização de atendimento ao queimado

Edital de Convocação - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA (AGE)

Junho Laranja: Participe ativamente desta campanha!

Fala, Presidente! com Adriana Barón Pinilla, da SBQ MT

Dia do Infectologista

Inscrições para participar do CBQ estão abertas e com lote promocional até 30 de abril. Aproveite!

Especial ex-presidentes: Na gestão de Marcelo Borges, foi instituído o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras

Prazo para envio de resumos para submissão de trabalhos científicos para o XV CBQ termina em 30 de abril

Em homenagem aos 30 anos da SBQ, ex-presidentes contam a história da entidade sob a ótica do que viveram

Vai ao Plenário tratamento integral no SUS para vítimas de queimaduras

Eu Venci: Denize Lacerda teve 30% do corpo queimado com a explosão de uma panela automática de brigadeiro

Site do XV Congresso Brasileiro de Queimaduras está no ar!

Vítimas de queimaduras em tragédias lutam por medidas de prevenção de acidentes

SIG Queimaduras traz a experiência do médico Marcos Barreto sobre condução de um CTQ

Conitec abre consulta pública para incorporar transplante de membrana amniótica no SUS

Até 2 de abril, qualquer pessoa pode contribuir com sugestão, crítica ou opinião

SIG retoma atividades do ano com palestra sobre Saúde Digital e Queimaduras

Fala, presidente! O fisioterapeuta Luis Guilherme Araujo fala dos desafios no Rio de Janeiro

Novo fascículo da RBQ está no ar e a edição 4/2024 já está em fase de finalização

SBQ MA promove jantar científico para discutir ações de atendimento às vítimas de queimaduras no estado

Carnaval sem queimaduras solares! Dicas para os foliões aproveitarem a festa sem desconforto!