YD Comunicação - 12/05/2022
Especializações e cursos ajudam a melhorar a qualidade no atendimento a esses pacientes
Amor e conhecimento. Os dois itens são básicos para quem deseja atuar como enfermeiro no atendimento a pacientes queimados. As vítimas, que sofrem dores físicas, emocionais e preconceitos diversos, recebem deste profissional o que precisam para uma recuperação menos dolorosa.
“Eu costumo dizer que o queimado é o mais complexo que existe, tanto pela complexidade da feriada, quanto da parte clinica, psicológica, nutricional”, comenta a enfermeira de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e membro do Comitê de Enfermagem da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Daniela Borges Matias.
Com isso, segundo a profissional, o enfermeiro que trabalha com esse perfil precisa focar na sua plena capacitação. “Feridas, paciente crítico, em emergência, em conhecimento clínico e fisiopatológico da queimadura e investir na questão da compreensão dos danos emocionais e nutricionais que esse paciente está sujeito para lidar com esses desafios do dia a dia”, destaca.
A atuação do enfermeiro dentro de um centro de tratamento de queimados contempla diferentes atividades, desde assistência direta ao paciente, passando pela administração de medicações, na atuação antes, durante e após cirurgia, no tratamento da ferida, em balneoterapia.
Além disso, também atuam no suporte emocional. “Ele atua dando apoio à família com orientação de autocuidado, reabilitação, no sentido de apoio de alimentação, cuidado como um todo, feito de uma forma centrada no conhecimento, mas também na humanização no sentido de cuidado especificamente falando”, frisa Daniela Borges.
Para atuar em tudo isso, é preciso formação adequada. Existem programas de residência específicos para atendimento a queimados, mas o profissional também pode buscar outros campos de atuação que ajudam no atendimento a vítimas de queimaduras, como especialização em feridas, terapia intensiva e em dermatologia.
Prevenção - Para Daniela Borges, além do cuidado, quem atua na enfermagem também precisa ter como foco a prevenção. “Queimaduras são complexas, graves, limitantes, muitas vez, mutilantes, que causam danos emocionais intensos não somente ao paciente, mas para toda a família”, elenca.
Ela diz, ainda, que é preciso focar em programas e políticas de prevenção. “Neste sentido, a SBQ tem feito a sua parte, com programas de educação continuada, produção de cartilhas e divulgação de trabalhos científicos. Precisamos divulgar mais os CTQs para que as pessoas entendam como funcionam e que os pacientes sejam encaminhados para esses centros, que são especializados”, completa.
Dia da Enfermagem – Neste 12 de maio comemora-se, mundialmente, o Dia da Enfermagem e o Dia do Enfermeiro, em homenagem a Florence Nightingale, marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820.
No Brasil, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40, em homenagem a Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.