YD Comunicação - 19/08/2022
Conheça a ONG que presta assistência aos sobreviventes de queimaduras em Brasília
A Associação de Prevenção e Intervenção de Queimaduras (Avance) atua dentro do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília, há 16 anos. Durante a pandemia, teve os trabalhos suspensos e está se organizando para retomar as atividades e voltar a ajudar as pessoas que precisam.
À Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), a diretora presidente da Avance, Ana Aparecida de França e Silva, contou sobre sua motivação a ajudar vítimas de queimaduras e as dificuldades enfrentadas pelo período da pandemia.
Como começou a sua história como voluntário?
Comecei as atividades como voluntária/presidente da Avance em novembro de 2006. Escolhi atuar junto à demanda de vítimas de queimaduras por entender a necessidade dessas vítimas, uma vez que meu filho Eliseu Egewarth se tornou vítima de queimaduras, em 2005, aos 10 anos. Ele sofreu uma queimadura ao tocar na rede de alta tensão.
Qual o trabalho realiza com pessoas vítimas de queimaduras?
Para atender a demanda antes da pandemia, realizávamos eventos como o Bazar Solidário e o Almoço Beneficente. O dinheiro arrecadado sempre foi convertido em passagens, malhas compressivas e filtro solar, além de atender a outras demandas.
Como surgiu a parceria de trabalhar dentro do CTQ?
Quando meu filho estava em tratamento no Hran, vi que as demais pessoas que lá estavam internadas não tinham acesso a itens importantes no tratamento de reabilitação e isso me motivou a engajar na causa. Vale ressaltar que anterior a nossa chegada, a Associação já existia, coube a nós, voluntários, dar novos rumos às ações da Associação.
Sou muito grata a todos os voluntários e voluntárias, aos profissionais da Unidade de Queimados do Hran pelo trabalho de excelência que prestam às vítimas de queimaduras. Assim como sou grata à SBQ pelo engajamento na causa das vítimas de queimaduras.
A pandemia interferiu nos trabalhos da Avance?
A pandemia instaurou um caos no atendimento, pelo fato da nossa sala estar no ambulatório onde fazia a triagem e exames de covid, mais especificamente ao lado do laboratório. Tivemos que suspender o atendimento, não conseguimos realizar os eventos de arrecadação, perdemos voluntários para a covid, enfim, tudo isso afetou de forma significativa as nossas ações.
Atualmente estamos nos organizando para retomar o atendimento de forma digna e coerente, como necessário.
O que dizer para quem tem interesse em começar um trabalho voluntário?
Acredito que voluntariar-se é doar amor e isso é a maior prova de amor ao próximo. Dessa forma, vejo como primordial incluir o projeto de vida do outro no meu projeto de vida.