YD Comunicação - 10/08/2021
Crianças devem ser ensinadas a lavar as mãos com água e sabão e só utilizar o álcool na presença de um responsável
Com as atividades suspensas desde março de 2020, a maioria das escolas públicas do país começou a receber milhares de estudantes no ensino presencial. Na mochila, um novo item: o álcool em gel 70%. Sinal de cuidado redobrado, ainda mais quando se trata de crianças pequenas, já que o produto é inflamável. O recomendado é sempre ser utilizado sob a supervisão de um responsável e em um frasco de até 30 ml.
A lavagem das mãos com água e sabão é tão eficiente quanto o uso do produto inflamável, porém, mais seguro. As crianças devem ser ensinadas sobre a forma correta de higienizar as mãos e que produto deve ser utilizado em último caso.
“O álcool sempre deve ficar com o adulto responsável no caminho da escola em um recipiente pequeno”, alerta a pediatra e membro do Comitê de Prevenção da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Maria Cristina do Valle Serra.
Outro item que deve ser utilizado com o máximo de cuidado pelos estudantes são os totens com álcool. De acordo com a médica, eles podem estar descalibrados e direcionados para o rosto da criança. Quando acionados, podem espirrar nos olhos pela baixa estatura dos estudantes, levando a uma dor intensa por queimadura ocular.
O perigo do álcool em gel é que, em contato com o fogo, ele apresenta a chama invisível, o que aumenta o risco de acidentes com a queimadura. “Se o menor transportar e estiver longe da supervisão de adultos, devido à curiosidade inerente da idade, principalmente nos pré-adolescentes, há um grande risco de queimaduras potencialmente graves”, alerta o cirurgião pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) da regional de Santa Catarina (SBQ/SC), Rodrigo Feijó.
Para o especialista, políticas de conscientização são extremamente necessárias para alertar quanto aos riscos e particularidades do álcool que ficou em evidência devido à pandemia, na qual tem papel fundamental no combate, mas apresenta riscos não só para crianças como para os adultos.
Cartilha – Em março deste ano, a Sociedade Brasileira de Queimaduras em parceria com a Wilivro, lançou a cartilha Volta às aulas seguras: sem Covid, sem queimaduras. O material explica a diferença entre lavar as mãos com água e sabão e utilizar o álcool 70%; indica quando e como lavar as mãos, além da atenção ao uso dos totens de álcool pelas crianças e ensina como as pessoas devem agir caso ocorra a queimadura.