YD Comunicação - 21/10/2021
Após publicação do parecer, próxima etapa será a aprovação na Conitec
Nesta quinta-feira (21), foi autorizada no plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) o uso da membrana amniótica em queimaduras, úlceras diabéticas, oftalmologia e ginecologia. Em uma semana o parecer será publicado. A próxima etapa será ir para aprovação na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e depois para o Sistema Nacional de Transplante (SNT) para que comece o uso no Brasil.
A membrana amniótica já é usada nos Estados Unidos, União Europeia e em outros países da América do Sul. Ela é o envoltório da placenta que depois que a criança nasce é desprezado, na grande maioria das vezes.
Segundo o cirurgião plástico, diretor do Banco de Pele da Santa Casa de Porto Alegre e presidente da regional da Sociedade Brasileira de Queimaduras do Rio Grande do Sul, Eduardo Chem, a membrana é um substituto da pele. Com o pré-natal, a equipe tem toda a sorologia, diferente da pele que o doador é desconhecido. Assim, a membrana diminui os custos e funciona como um curativo biológico.
“Como existe em abundância, podemos usar não só em grandes queimados com queimaduras extensas de terceiro grau grave, mas, também, em queimaduras menores de segundo grau e nas zonas doadoras do auto enxerto que costuma doer bastante. Enfim, aumenta muito a gama da utilização dela”, conta o médico.
A membrana amniótica é captada somente no parto cesariana e com o consentimento da família. Após a captação, ela é levada a um banco de tecidos para que seja feita a descontaminação, como se faz com a pele.