YD Comunicação - 10/12/2021
Agora, são cinco bancos ativos no Brasil
O banco de pele do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para captação de pele humana. Com ele, são cinco bancos ativos de tecidos no país: Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com o coordenador do banco de pele, Pedro Coltro, agora que conseguiram o credenciamento, vão começar a desenvolver rotinas de captação e processamento. “Inicialmente, a produção atenderá a demanda da nossa região. Depois, quando conseguirmos aumentar a capacidade, poderemos atender outras áreas do Brasil”.
O chefe do setor de cirurgia plástica do hospital, Jayme Farina, acredita que é um marco histórico para o país. “É o primeiro banco de pele no interior e a colaboração da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) foi fundamental no processo de aprovação”.
Para o presidente da SBQ, Jose Adorno, em sua gestão, sempre priorizou a política de tecidos alógenos. “Temos reuniões ordinárias com o Sistema Nacional de Transplante e a SBQ é uma instituição importante para integrar mais os trabalhos dos bancos. A SBQ tem um papel importantíssimo no avanço e crescimento da política de tecidos alógenos”, destaca.
Curativo biológico – A pele é um órgão vital e a sua perda pode
acarretar grave inflamação sistêmica e infecção generalizada, por vezes
evoluindo para o óbito. “Os
pacientes portadores de queimaduras graves e de feridas complexas, com extensas
áreas de perdas cutâneas, são muito beneficiados com os transplantes de pele
homóloga. A cobertura temporária com
pele de banco pode salvar vidas, daí a sua fundamental importância e o nosso
país necessita de mais bancos de pele em atividade”, destaca Jayme Farina. |