Especial ex-presidentes: Leonardo Rodrigues da Cunha assumiu no biênio 2015/2016

- 08/05/2025

Presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras no biênio 2015/2016, o médico Leonardo Rodrigues da Cunha iniciou sua história com a entidade bem antes, quando foi tesoureiro da Regional Goiás nos anos de 2002 e 2003. Depois disso, virou presidente regional do estado goiano em dois biênios, tendo, inclusive, presidido a Jornada Brasileira de Queimaduras, realizada em Goiânia, em 2009. E, antes de virar presidente da nacional, foi vice na gestão da médica Maria Cristina Serra.

É com ele que conversamos nesta semana, na edição especial com os ex-presidentes da SBQ.

 

SBQ- O que o motivou a presidir a SBQ?

Minha história com as queimaduras e com a SBQ começou ainda bastante jovem, inspirado pelos meus pais médicos e que trabalham com queimaduras há mais de cinco décadas. Essa forte ligação com o cuidado às vítimas de queimaduras me motivou de forma genuína a contribuir para o crescimento da SBQ, buscando a promoção de melhorias no cuidado ao paciente queimado e fortalecer a nossa representatividade como entidade representativa. Era também um momento muito simbólico: a SBQ completava 20 anos e eu me sentia preparado para contribuir com esse novo ciclo.

 

SBQ- Quais foram as maiores dificuldades daquela época?

Naquele período trabalhamos intensamente para transferir a SBQ  para Goiânia, onde já existia uma sede própria e toda a estrutura necessária. Além disso, enfrentamos os obstáculos típicos de uma gestão nacional: dificuldades de captação de recursos, necessidade de ampliação da base de associados e o desafio constante de integrar as regionais para atuar de forma coesa e representativa.

 

SBQ- E quais foram os maiores avanços que conseguiram naquela época?

Foram dois anos muito intensos e transformadores. Conseguimos, de fato, transferir a sede da SBQ para Goiânia, fortalecendo a estrutura administrativa da entidade. Promovemos dois eventos marcantes: a Jornada Brasileira de Queimaduras em Brasília e o Congresso Brasileiro de Queimaduras em Salvador, ambos com enorme  participação e grande envolvimento da comunidade científica. Também conseguimos ampliar o rol de parceiros da SBQ, trazendo novas empresas que contribuíram para projetos científicos, eventos e ações de prevenção. Houve, ainda, um avanço na profissionalização da sociedade, com maior organização interna e incentivo ao compartilhamento de ideias entre as regionais.

 

SBQ-  O que o senhor acha que mais mudou na atenção às vítimas de queimaduras e, também, na questão da prevenção daquela época para hoje em dia?

Vejo que a abordagem ao paciente queimado evoluiu muito. Hoje há uma atenção multidisciplinar efetiva, sólida, centrada no ser humano, que inclui desde o tratamento clínico e cirúrgico até o apoio psicológico e a reintegração social. Tecnologias e produtos inovadores foram incorporados à prática, e os profissionais estão cada vez mais capacitados. No campo da prevenção, percebemos avanços na conscientização da população e maior engajamento da mídia e das instituições públicas. Ainda é um desafio, mas hoje existe mais entendimento de que prevenção de queimaduras é uma pauta de saúde pública e responsabilidade coletiva.

 

SBQ-  O que representou na sua vida e na sua carreira ter presidido a SBQ?

Foi uma experiência marcante, que me trouxe um crescimento imenso, tanto pessoal quanto profissional. Liderar uma sociedade nacional me deu a oportunidade de conhecer e trocar experiências com profissionais de todo o país, de promover mudanças estruturais e de deixar uma contribuição concreta para a história da SBQ. Ter presidido a sociedade justamente no ano em que ela completava 20 anos me enche de orgulho. Foi um período de muito trabalho, sim, mas também de grandes realizações, aprendizados e conexões humanas valiosas.


Outras Notícias

Maria Leonor Paiva, segunda vez presidente da SBQ RN

Nova edição da Revista Brasileira de Queimaduras já pode ser acessada

Luana Gaspar foi vítima de um fio desencapado que quase lhe custou a vida

ISBI abre chamada para programa de avaliação de centros de queimados

CampSamba 2025 reuniu 15 crianças vítimas de queimaduras em Pernambuco

Queimaduras entre crianças: um risco subestimado e frequente

SBQ e Cofen conversam sobre Linha de Cuidados em Queimaduras

No Dia da Secretária, SBQ reconhece a importância da atuação de Loraine Derewlany, secretária executiva da entidade

Membrana amniótica já compõe Política Nacional de Doação e Transplantes criada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (26)

SBQ participa de Movimento pela Curricularização dos Conteúdos sobre Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos

Fernanda Gazola: “a vida de um sobrevivente de queimaduras é recomeçar todos os dias”

Painel sobre uso da membrana amniótica em pacientes queimados rende elogios

Fala, presidente: Wandressa Nascimento preside a SBQ SE

SBQ e Fundação Ecarta se unem para dar visibilidade à campanha de doação de pele e de membrana amniótica

Porque é tão importante cuidar da saúde mental das vítimas de queimaduras?

SIG Queimaduras completa sete anos com muitos motivos para comemorar

Assembleia aprova nomes para o conselho fiscal da SBQ e o início da elaboração de um compliance

Dia do voluntariado: a importância de doar tempo, talento e amor a quem precisa

Eu venci: Suzana Batista foi vítima da negligência aos 7 anos de idade

Representantes da SBQ darão treinamento para atendimento em queimaduras em Minas Gerais