YD Comunicação - 12/05/2021
SBQ destaca o importante trabalho desenvolvido nos CTQs pelos profissionais
Nas diversas funções em que o enfermeiro desempenha, podemos dizer que ele ocupa um importante papel nos momentos de fragilidade, dependência física e emocional, tanto do paciente como de seus familiares. Hoje (12), no Dia Internacional da Enfermagem, a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) exalta o importante trabalho desempenhado pelos profissionais nos Centros de Tratamento de Queimaduras (CTQs).
Além da responsabilidade técnica por toda a equipe dentro da unidade, o enfermeiro também é responsável pelo cuidado de pacientes em estado crítico e de alta complexidade. Por isso, deve estar preparado para atender pacientes com alterações clínicas que podem levar o indivíduo à morte nas primeiras horas de um grande acidente.
 | “Conhecimento
de fisiopatologia e características das diferentes queimaduras são aptidões
importantes, às quais requerem conhecimento específico e grande habilidade para
tomar decisões e implementá-las em tempo hábil”, conta Rúbia Pereira Carneiro,
que trabalha no CTQ do Hospital de Força Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. A enfermagem administra diversas ações no cuidado com o paciente queimado, como banho, troca de curativos, administração de medicamentos e monitoramento da hemodinâmica do indivíduo. Mantém familiares atualizados com relação à evolução do estado do paciente, implementando preparo para a reabilitação e reinserção do paciente à sua rotina pós alta. |
“Temos a grande e honrosa responsabilidade de exercer o cuidado ao paciente vítima de um trauma tão agressivo como a queimadura, com respeito, empatia e sensibilidade. Nossas lutas são diárias, batalhamos por condições dignas de trabalho, reconhecimento da profissão, por sistema único de saúde qualificado, seguro, plural e equânime, mas seguimos tocando a alma humana, com muita perseverança, às vezes até resiliência, mas sem dúvida, muita esperança”, ressalta a enfermeira e professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Danielle de Mendonça Henrique.
Comitê de enfermagem – Um grupo de 10 enfermeiras integram o Comitê de Enfermagem da SBQ, que fará um ano em julho deste ano. São elas Elza Hiromi Tokushima Anami, Elisângela Flauzino Zampar, Daniela Mathias, Daniela Carreiro de Mello, Danielle de Mendonça Henrique, Fernanda Silva dos Santos, Maria Elena Echevarría-Guanilo, Natalia Gonçalves, Raquel Pan e Rubia Pereira Carneiro.
O grupo está construindo um projeto de pesquisa sobre as competências da enfermagem no cuidado às queimaduras no Sistema Único de Saúde (SUS). Após esse embasamento, poderão ser publicados artigos científicos e materiais de orientação e recomendações.
Neste momento de pandemia, estão estudando alternativas para realização das capacitações de equipes dos CTQs.
A vice-diretora científica da SBQ e membro do comitê, Raquel Pan, destaca a importância da união da classe. “Proporcionalmente, temos mais profissionais de enfermagem nos Centros de Atenção à Saúde (cerca de 65%), ou seja, a maior força de trabalho. A união desses profissionais, em um comitê científico e executivo, proporciona empoderamento e destaque para a profissão. Em um momento que tem se exigido muito dos profissionais de saúde, tanto física quanto mentalmente, é fundamental essa união. A enfermagem precisa ocupar espaços e posições que são suas por direito, capacidade e competência”, conclui.
Até 2 de abril, qualquer pessoa pode contribuir com sugestão, crítica ou opinião
